terça-feira, 11 de agosto de 2009


Campo de atuação de engenheiro mecânico vai além dos motores de carros

O profissional atua no projeto, gerenciamento e manutenção de máquinas e processos.
Mercado de trabalho tem boas oportunidades, dizem especialistas.


Projetar, monitorar, gerenciar e fazer manutenção de máquinas, processos e sistemas de organização. Esse é o trabalho do engenheiro mecânico, que vai muito além de criar motores automotivos. O profissional, tema do Guia de Carreiradesta semana, também trabalha com novas tecnologias, automação, robótica, faz controle de qualidade da produção e atua na área de energia, desenvolvendo turbinas eólicas, motores de combustão, entre outras máquinas.



Para ser um engenheiro mecânico é necessário saber física, matemática e ter curiosidade por mecanismos, dizem profissionais do setor. “Uma pessoa que gosta de máquinas, construção de equipamentos e inovações tecnológicas”, define o coordenador do curso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vitor Romano.

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Mercado de trabalho

De acordo com especialistas da área, o mercado de trabalho da profissão é amplo, tem boa oferta de vagas, e possibilita atuação em áreas distintas. “É possível trabalhar em empresas de diversos setores ou criar seu próprio negócio para projetar novos produtos, softwares de serviços ou fazer consultoria”, afirma Vicente de Paulo Nicolau, coordenador do curso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “De todas as engenharias, é uma das que mais emprega”, acrescenta Nicolau.

Para o professor Luís Gonzaga, coordenador do curso do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), outro fator importante é o graduado ter uma visão de engenharia de concepção. “O aluno sai do curso capaz de fazer projetos de estrutura organizacional de uma empresa e não só manutenção de máquinas”, afirma. O curso do ITA tem ênfase em mecânica aeronáutica.

Entre as áreas promissoras do mercado de trabalho, os especialistas destacam os setores de energia, combustíveis, óleo e gás e as indústrias aeronáutica, naval e automobilística. No caso das duas últimas, o trabalho deve se concentrar na produção de peças.

De acordo com dados do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) a mecânica faz parte do grupo das engenharias industriais (no qual também estão a química, a naval, a metalúrgica e a aeronáutica) que concentra o segundo maior número de profissionais da engenharia, só perdendo para a civil.

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Estudantes de engenharia mecânica e elétrica da Faculdade de Engenharia Mecânica da UFPA (Universidade Federal do Pará), desenvolveram um protótipo real de um veículo off-road denominado BAJA, que deve participar da competição Mini Baja Brasil-Petrobras. A competição é considerada a maior atividade extracurricular dos cursos de Engenharia no Brasil, com dois circuitos: um simples e um irregular.O evento acontecerá no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, São Paulo. O invento é resultado do projeto 'A competição SAE, a equipe e projeto Mini Baja', coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Tetsuo Fujiyama com supervisão do Prof. Msc. Rodrigo Vieira e o apoio do Laboratório de Engenharia Mecânica da UFPA. O projeto da Universidade vai participar da competição através da equipe 'Pará Pai D’Égua - Muiraquitã I', que está entre as 69 equipes inscritas na competição e que são oriundas de diversas universidades federais, estaduais e privadas de todo o Brasil.O projeto começou a ser executado em outubro de 2007, com várias etapas que começaram com o estudo teórico e dimensionamento da estrutura e dos componentes, seguidos pela simulação virtual, aquisição de materiais, construção, montagem do BAJA, ajustes e testes. O protótipo está em fase de finalização . O projeto mecânico foi orçado em R$ 14.680. Esse valor cobriu a compra do motor, subsistemas de freios, suspensão, direção e a estrutura do veículo, além dos custos da viagem e hospedagem. Apesar das dificuldades, a equipe conta com o apoio de diversas instituições de ensino e de várias empresas regionais. Segundo professor Roberto Fujyama, coordenador do projeto, 'o fato de poder competir já um mérito para a UFPA, pois o projeto garantiu a aplicação dos conhecimentos e a participação de uma equipe representando o Norte do país pela primeira vez', concluiu. O Baja é um veículo de estrutura tubular movido à gasolina com transmissão por corrente, atingindo até 50 km/h.

quarta-feira, 18 de março de 2009


ENGENHARIA MECÂNICA



É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, do projeto, da construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. O engenheiro mecânico desenvolve e projeta máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e de refrigeração e ferramentas específicas da indústria mecânica. Também supervisiona sua produção. Calcula a quantidade necessária de matéria-prima, providencia moldes das peças que serão fabricadas, cria protótipos e testa os produtos obtidos. Organiza sistemas de armazenagem, supervisiona processos e define normas e procedimentos de segurança para a produção. Controla a qualidade, acompanhando e analisando testes de resistência, calibrando e conferindo medidas. Pode dedicar-se às vendas. Costuma trabalhar com engenheiros eletricistas, de materiais, de produção e de automação e controle, na montagem e automação de sistemas, na manutenção de aeronaves e na indústria de eletroeletrônicos.


A carreira
Motores de carros de Fórmula 1, máquinas para a indústria de base, equipamentos para a produção de manufaturados e até mecanismos para melhorar o deslocamento de cadeiras de rodas fazem parte do universo do engenheiro mecânico. "A indústria mecânica atinge todas as áreas de produção e oferece possibilidades de emprego extremamente diversificadas", diz o professor Marcos Roberto Bormio, coordenador do curso de engenharia mecânica da Unesp de Bauru, no interior de São Paulo. Entre as atribuições desse profissional estão a supervisão e a orientação técnica de projetos mecânicos, eletromecânicos e de instalações industriais, a produção de veículos automotores e mecânicos e o desenvolvimento de sistemas de produção e transmissão de energia. Ele se ocupa, ainda, da coordenação de equipes de manutenção de equipamentos fixos industriais e móveis, como ônibus ou caminhões. "O mecatrônico, como é chamado o engenheiro de controle e automação, atua também com sistemas automatizados, como robôs, ou auto-reguláveis, os chamados sistemas inteligentes. Como responsável pelo planejamento e pela implantação dos processos automatizados de manufatura do departamento de montagem de carrocerias da General Motors do Brasil, cabe a mim até a compra dos equipamentos que serão utilizados para a produção dos veículos", afirma Dênis Luque Martins, do departamento de engenharia de processos da montadora, em São Paulo. "A motivação e a busca constante de novas informações são essenciais para se manter no mercado de trabalho, já que o desenvolvimento tecnológico é cada dia mais veloz."

O mercado
São boas as perspectivas para os especialistas em reciclagem de materiais e processamento de polímeros para a fabricação de partes de residências, como portas, janelas, divisórias, forros, telhas e caixas-d'água. No ramo de cerâmica, cresce a procura por materiais especiais para uso odontológico e refratário. A Região Sudeste é, de longe, a que representa a maior fatia do mercado, especialmente em São Paulo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.Salário médio inicial: R$ 1 219, 32Em alta: Reciclagem de materiais.

O curso
Prepare-se para receber altas doses de aulas de matemática, cálculo e física. Nos dois primeiros anos, você vai estudar também desenho técnico, engenharia e tecnologia mecânicas. Em laboratório, desenvolverá projetos de máquinas e aprenderá a usar medidores de temperatura, velocidade e força.Duração média: cinco anos.